Muitos profissionais sonham com uma mudança radical de carreira, seja para realizar um antigo desejo ou enfrentar novos desafios. O dilema é: qual é o momento certo para essa decisão e para agir?
O Modelo das Consequências, desenvolvido por Kristian Kreiner e Søren Christensen, pode ajudar a clarear essa questão, mostrando como o timing de uma decisão influencia diretamente os resultados alcançados. Ele explora a relação entre o tempo, o conhecimento disponível e o impacto potencial de cada escolha.”
VAMOS ENTENDER O MODELO? Desvendando o gráfico: tempo, conhecimento e impacto
Na figura acima temos um gráfico com dois eixos e duas curvas — azul e laranja:
- O eixo horizontal (X) representa o tempo para decidir
- O eixo vertical (Y) mostra o alcance ou impacto da decisão.
- A curva laranja representa o nível de conhecimento disponível ao longo do tempo.
- A curva azul mostra o alcance das consequências dessa decisão.
Por trás da simplicidade do gráfico, há uma mensagem essencial:
Quanto mais cedo a decisão é tomada, maior é o impacto que ela pode gerar (curva azul), mas menor é o conhecimento disponível no momento (curva laranja).
Por outro lado, quanto mais tarde decidimos, mais conhecimento acumulamos, mas o impacto potencial da decisão diminui.
A janela de decisão
A área central do gráfico — em destaque — representa uma “zona crítica”: ainda há tempo de causar impacto e já se tem conhecimento suficiente para lidar com os riscos. Essa é a janela de decisão — o momento ideal para agir, segundo o modelo.
Mas como saber se estamos nessa janela?
Esse é o grande desafio. No contexto de mudança de carreira, essa avaliação é pessoal e envolve diversos fatores: sua relação com a carreira atual, seus desconfortos, desejos, ambições, opções, condições financeiras e, claro, sua disposição para correr o risco.
Um bom profissional pode ajudar a clarear esses fatores, antecipar a curva do conhecimento e tornar a transição mais segura e efetiva.
UM EXEMPLO PESSOAL
Quando decidi deixar uma posição de executivo sênior em uma grande empresa, me vi diante de um dilema: esperar até atingir a condição financeira ideal para uma transição “segura”, ou aproveitar o tempo de vida e energia que ainda tinha para realizar projetos que se tornavam cada vez mais significativos para mim.
Não foi uma escolha simples. Mas, anos depois, sigo tranquilo e realizado com o caminho que escolhi.
E VOCÊ?
Diante de uma escolha complexa, é natural adiar decisões. Mas vale lembrar: não decidir também é uma escolha — e, muitas vezes, é ela que traz as consequências mais indesejadas.
Você está considerando uma mudança de carreira, mas sente que tem adiado essa escolha?
Vamos conversar? Pode ser o primeiro passo para agir dentro da sua janela ideal.
